
Você já parou para pensar na quantidade de informações que consome diariamente?
Da hora em que acordamos até a hora em que vamos dormir, somos bombardeados por uma quantidade absurda de dados e informações via redes sociais, aplicativos de mensagens, sites de notícias, jornais, rádios, podcasts e vídeos, que se somam ainda às informações que recebemos diretamente das pessoas que se relacionam conosco.
Checar e-mails e responder mensagens enquanto tomamos o café da manhã, ouvir as notícias do dia enquanto dirigimos e o podcast enquanto nos exercitamos na esteira. Ao longo do dia, infinitos relatórios, mensagens, notícias, propagandas e as redes sociais de uma forma geral disputam de forma insistente o nosso tempo e atenção. Fazemos diariamente um verdadeiro malabarismo para tentar acompanhar essa avalanche de dados e informações, na expectativa de que isso nos traga algum benefício. Pode ser mais conhecimento, facilidades, sucesso, oportunidades ou simplesmente satisfazer a curiosidade.
Alguns cientistas apontam que estamos dobrando a quantidades de dados gerados a cada dois anos e que em algum momento haverá mais bits do que átomos na Terra! Mas o quanto de fato estamos conseguindo aproveitar essa maravilha que o avanço da tecnologia nos proporcionou nos últimos 15 anos? Será que estamos aproveitando da maneira correta?
Quando observamos o tema pela ótica dos investimentos, planejamento financeiro e patrimonial, essa questão fica absolutamente evidente. Investidores ávidos por informações, dados e notícias têm à sua disposição uma infinidade de sites, relatórios, assinaturas, jornais, blogs, podcasts e geradores de conteúdo. Isso sem falar nas incontáveis páginas de balanços das empresas. Mas como processar tudo isso? E será que isso faz bem para a nossa saúde?
Apesar do histórico recente, já sabemos que essa superconexão “full time” pode trazer sérios prejuízos à nossa saúde física, mental e ao bolso também. Esse mar de informações, por vezes contraditórias, pode tornar o ambiente ainda mais incerto e induzir o investidor a erros ou decisões precipitadas. O famoso “comprar na alta e vender na baixa”.
Não há duvidas de que o acesso à informação é benéfico para os indivíduos e a sociedade como um todo, mas é preciso usá-lo com sabedoria e equilíbrio.
Na tentativa de encontrarmos tal equilíbrio, podemos citar 4 recomendações:
1) Focar no que é relevante para o seu perfil/estratégia. Um(a) investidor(a) com horizonte de médio ou longo prazo não deve se preocupar com as oscilações diárias. Já um(a) investidor(a) com perfil mais especulativo, de curto prazo, deve focar nas notícias e oscilações diárias.
2) Filtrar as fontes das suas informações. Seguir cegamente as supostas “dicas quentes” de um guru da internet talvez não seja a melhor estratégia para investir os recursos da sua aposentadoria ou aqueles que estão separados para a troca do seu imóvel.
3) Aprender a reconhecer o que é informação genuína, pois há muito marketing disfarçado de informação. Identificar o que é informação e o que é meramente uma peça de marketing (leia-se venda de produto) é de grande importância.
4) Avaliar com calma as informações mais recentes. No mercado financeiro, na ânsia de antecipar o que vai acontecer, é bem comum os investidores tentarem interpretar de imediato os efeitos de determinadas notícias. Ocorre que no calor do momento, muitas vezes as decisões são tomadas de forma precipitada, sem o conhecimento pleno, gerando perdas aos investidores.
Até breve!

Comments