É comum ouvir essa expressão, mas o que é exatamente esse tal de “Mercado Financeiro”?
A semelhança com a palavra “supermercado” não é coincidência. É graças à existência de supermercados e vendas em geral que a população pode comprar uma série de artigos, de alimentos a produtos de limpeza, que não estariam à disposição de qualquer um há poucos quarteirões de distância se não existissem os “supermercados”. Se vivêssemos em um mundo sem nenhum tipo de mercearia ou algo parecido, para comprar tomates, precisaríamos ir até a horta ou sítio mais próximo e, para comprar 5 Kg de arroz, a viagem seria até à fábrica que produz esse alimento.
Desta forma, podemos dizer que o supermercado consegue reunir as pessoas que precisam comprar uma série de produtos com as empresas que têm o interesse em vender esses produtos. O Mercado Financeiro também tem a função de unir o interesse em “comprar” um ativo financeiro (produto) aos interessados em “vender” um ativo financeiro.
Vamos imaginar uma situação hipotética onde não exista o mercado financeiro e, por consequência, não haja bancos, nem Bolsa de Valores e muito menos casas de câmbio.
Nessa situação hipotética, todo o dinheiro da economia giraria de “mão em mão” pela população. O salário seria pago em dinheiro para os funcionários das empresas, e essas notas seriam obrigatoriamente levadas para casa e não poderiam ficar na conta corrente dos bancos, afinal, nessa situação hipotética, não teríamos Bancos. A população não poderia investir o dinheiro excedente e o deixaria guardado em cofres dentro de casa. O que isso mudaria na economia do país?
Nessa situação que acabamos de descrever, sem a presença de um mercado financeiro, a população em geral não poderia contrair empréstimos nos bancos, e as empresas também não teriam nenhum tipo de acesso ao crédito. É comum dizer que o crédito é o “oxigênio” da economia, ou seja, ele alimenta e estimula o crescimento, servindo como impulso para o desenvolvimento. Quando temos um mercado de crédito pujante, o consumo é estimulado, porque a população tem acesso a financiamentos e, ao mesmo tempo, as empresas podem expandir seus negócios contraindo empréstimos para aumentar suas unidades, investir em novas tecnologias e assim contratar mais funcionários.
Se não existisse o Mercado Financeiro, não teríamos crédito disponível, e a economia não teria o “oxigênio” tão necessário para estimular o crescimento.
É através do dinheiro dos poupadores que os bancos conseguem o capital necessário para “emprestar” (cobrando juros) para pessoas e empresas. É através dos investimentos nos Títulos do Tesouro que o Governo consegue se financiar, utilizando essa ferramenta como importante fonte de receita.
Podemos dizer que o Mercado Financeiro é onde as pessoas que estão com dinheiro para investir (superavitários) se encontram com as “pessoas” (pessoas, empresas e Governo) que precisam contrair empréstimos (deficitários). É no “Mercado Financeiro” que os investidores encontram um local seguro para rentabilizar as suas economias, aplicando em CDBs, Títulos do Tesouro, Fundos de Investimentos.
Ao mesmo tempo, é o local onde pessoas, empresas e o próprio Governo podem se financiar contraindo dívidas que, se forem controladas, conseguem impulsionar a economia elevando o nível geral de renda daquele país.
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