Essa é uma dúvida frequente dos investidores e investidoras, e, de fato, a comparação entre esses dois títulos de renda fixa não é nada intuitiva.
O título atrelado ao CDI é chamado de pós-fixado, porque a rentabilidade dele será um percentual do CDI acumulado durante o tempo da aplicação, ou seja, o CDI de um período futuro, e por isso “Pós-Fixado”.
Já aquele título que é atrelado à inflação, o famoso IPCA+, tem dois componentes na sua rentabilidade, um fixo e outro variável. Por exemplo, IPCA+ 5% ao ano: o IPCA do período futuro é variável, por isso não temos como defini-lo antecipadamente. Agora, a parte do 5% ao ano é fixa, ou seja, esse é um título híbrido, com parte prefixada e parte pós-fixada.
Depois de entender a dinâmica da rentabilidade de cada título, fica mais claro como é difícil tentar identificar qual tipo de aplicação é a melhor em determinado momento. Pra chegar a alguma conclusão, precisamos criar premissas, por exemplo, qual será o CDI e o IPCA no período futuro.
É através de análises macroeconômicas que buscamos identificar essas premissas, analisando as opiniões de diferentes agentes do mercado.
Em geral, para aplicações com horizonte de prazo mais curto (até 2 anos), aplicações atreladas ao CDI podem ser interessantes, principalmente no momento atual, em que estamos com uma Taxa Selic em 13,75% ao ano. Para aplicações com horizonte acima de 2 anos, os títulos atrelados ao IPCA acabam sendo uma excelente maneira de garantir uma rentabilidade acima da inflação, independentemente do cenário econômico.
A economia se movimenta em ciclos, e por isso teremos oportunidades diferentes de investimentos, que vão se comportar de maneiras diferentes em cada fase desse ciclo. Por essa razão, a diversificação é fundamental. Quando me perguntam qual aplicação é melhor, atrelada ao CDI ou ao IPCA, minha resposta é sempre: As duas!
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