Em outro artigo, falamos aqui sobre o vocabulário do mercado financeiro e o quanto ele é cheio de peculiaridades, um linguajar que nem todo mundo conhece. Mas você já ouviu falar dos animais do mercado financeiro e o que significam?
Os “bichos” da bolsa de valores representam o perfil dos investidores, uma determinada ferramenta ou até mesmo uma tendência do mercado. Quem já investe há mais tempo com certeza já ouviu falar sobre o mercado estar "bear" ou "bull", termos em inglês que significam urso e touro, respectivamente. Existem algumas teorias utilizadas para explicar a escolha desses animais como símbolos do mercado financeiro. A mais aceita e conhecida está na obra “Miopia Corporativa” de Richard S. Tedlow. Essa relação vem da analogia entre os modos de ataque desses dois animais e as oscilações do mercado de ações.
A escolha do urso vem do movimento que ele realiza quando vai atacar, dando uma “patada” de cima para baixo. Assim, quando há um grande número de quedas no mercado de ações, diz-se que o urso está à solta, ocorrendo o bearish ou bear market.
Já o touro, por sua vez, ao atacar, movimenta seus chifres de baixo para cima, indicando assim, o movimento de alta na bolsa, o bullish ou bull market, que ocorre quando as ações estão subindo.
Esses são os animais mais conhecidos, porém, temos diversos outros. Vamos conhecer alguns deles? Um artigo do InfoMoney detalhou um a um:
Tubarão: Tanto no mar como no mercado o seu papel é o mesmo: comandar. O tubarão é utilizado para se referir aos grandes players do mercado que têm o poder de ditar muitos dos rumos da bolsa de valores. Esse tipo de investidor pode se “alimentar” dos acionistas minoritários e, em alguns casos, encurralam os menores para conseguirem lucros maiores. “Esses são os mais difíceis de combater, pois eles querem controlar tudo”, afirma a consultora financeira Eliana Bussinger.
Sardinha: É o avesso do tubarão. As sardinhas do mercado financeiro são o grupo de pequenos investidores em busca de um lucro modesto, quando comparado ao dos grandes players. São esses os acionistas minoritários que, muitas vezes, são “engolidos” pelos tubarões.
Abutre: Assim como o abutre fica em torno de sua presa quando ela está prestes a morrer, os fundos abutres são aqueles que compram empresas em dificuldades financeiras. Nesse caso, eles compram ações com valores muito baixos ou créditos podres da companhia. “Mas isso já não tem ocorrido muito, devido ao controle mais rígido dos órgãos”, ressalta Eliana.
Borboleta: É o nome utilizado para fazer referência a uma trava utilizada no mercado de opções que forma, no gráfico da ação, uma figura parecida com uma borboleta. A Borboleta é feita a partir do estabelecimento de duas travas: uma de alta e outra de baixa.
Flipper – Golfinho: Assim como seu pulo ocorre de maneira muito rápida, o investidor que realiza esse movimento é aquele que entra em um IPO (Oferta Inicial Pública) e o vende logo em seguida. “Seu único objetivo é comprar e vender de forma rápida, visando um grande lucro”, explica Eliana.
Manada: É o termo utilizado para se referir a vários animais da mesma espécie que costumam se locomover juntos. No mercado de ações, o “efeito manada” descreve um movimento conjunto de vários investidores em determinada direção, sem fundamentos aparentes. Os investidores acabam aderindo a um determinado consenso e partem para a mesma ação, gerando um desequilíbrio na relação de oferta e demanda. E dependendo da situação, essa movimentação pode até gerar uma bolha no mercado.
Fonte: https://www.infomoney.com.br/
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